Na coluna, para a qual eu escrevo, do blog batatolandia, meu último post foi sobre o banho das crianças alemãs. Precisamente sobre não ter o habito de fazê-lo.
https://batatolandia.de/blog/banho-nas-criancas-habitos-de-higiene-na-alemanha
Ontem vivenciei pela primeira vez a resistência de uma criança alemã ao banho. Minha filha convidou a melhor amiga da escolinha para dormir na nossa casa. Minha filha tem 4 anos e meio e a menina 5.
Era um dia agradável de sol e elas brincaram a tarde inteira na rua, primeiro no pátio da escolinha, depois no pátio aqui de casa.
Durante a janta eu disse às duas: „Depois da janta vocês vão tomar banho.“
Reação imediata da menina „NEIN!“ Minha filha se adiantou na contra-resposta, „Siiiim, vai ser divertido, podemos brincar na água!“
Eu não dei muita trela ao assunto, e acabada a refeição, não deixei outra opção a não ser ir direto para a banheira. A menina foi contrariada, mas não se opôs. Contudo, não quis lavar os cabelos. Tive que prendê-los num rabo de cavalo para não molharem. Pensei „droga“, pois um dos meus objetivos ocultos era esfregar bem a cabeça daquela menina, pois ela vive com os cabelos sebosos.
Antes de encher a banheira, sempre dou uma chuveirada rápida nos meus filhos para tirar o „grosso“ da sujeira, e a menina alemã, visivelmente, não tem o hábito de se lavar sozinha, porque nem as partes íntimas ela sabia lavar apropriadamente.
Hora de encher a banheira, menos água que o normal do banho dos meus filhos, e a alemã se acocorou no final da banheira (na parte da curva que começa a subir a parede da banheira), mal encostando o bumbum na água.
Minha filha se esparramou, deitou, molhou os cabelos, e perguntava, a cada cinco minutos à amiguinha, porque ela não molhava os cabelos. „Porque eu não gosto“, era sempre a resposta dela.
De banho tomado, estava eu feliz por não deixar uma sujinha dormir na mesma cama da minha filha. Com todo o respeito que eu tenho aos alemães e à cultura alemã, mas dormir sem tomar banho no verão NÃO DÁ!
Larissa d’Avila da Costa, Gilching julho 2017
ps. essa resistencia ao banho também é comum nos adultos. A esse respeito, minha cronica nesse blog
Larissa d’Avila da Costa, Gilching julho 2017