2016 foi um ano particularmente difícil, dirão muitos. Um ano de muita violência, de guerras, atentados, de surpresas políticas desagradáveis, do ápice do radicalismo social e político. Um ano confuso, revolucionário, em que fomos obrigados a refletir sobre os valores da sociedade e os rumos que daremos a ela.
Fica muito dificil para o cidadão comum, em meio a tanta turbulência, achar algo positivo, ter uma boa lembrança desse ano negro para a história mundial. O medo domina as mentes aflitas, e a insegurança de não saber o que será de nós e dos nossos filhos no futuro agonia aqueles que sofrem por antecedência.
A minha sugestão é, portanto, fazer uma retrospectiva minimalista, em torno de si e dos seus familiares e amigos.
Se você e seus entes queridos tiveram a sorte de passar esse ano ileso aos atentados, às doenças, aos acidentes e a todo o tipo de notícia ruim, agradeça ao universo por essa benção. Exercer o sentimento de gratidão nos torna mais sensíveis às pequenas alegrias do dia a dia, nos deixa mais felizes e de bem com a vida, faz-nos transparecer bondade e exercer a humildade. Portanto, não deixe de se alegrar por ter passado um ano em plena saúde, por ter toda a sua familia consigo, por ter amigos.
Se, infelizmente, esse não for o seu caso, se em meio a esse turbilhão de notícias ruins, o seu ano não foi particularmente bom, tente ter esperança em dias melhores. Olhe ao redor e busque ajuda, ou tire forças do âmago e dê ajuda àqueles que necessitam mais que você, engaje-se numa causa social, não resigne-se, com certeza há muito mais gente em situação pior que a sua.
Certamente sempre há alguma coisa boa para agradecer, sempre há algum pequeno motivo para se alegrar, ainda que seja mínimo. Agarre-se às pequenas alegrias, seja minimalista e seja grato.
Imagino que 2017 continuará sendo um ano de transformações, pois essas precisam de tempo para se estabelecer, mas torço que a sociedade se torne mais empática e humana, para que tenhamos sempre motivos para sorrir e agradecer.
À todos muita energia, empatia e gratidão no novo ano que se inicia.
Larissa d’Ávila da Costa, Gilching dezembro 2016