Depois de um mes na Bavária, vou me atrever a fazer uma comparação inusitada entre bávaros e gaúchos. Vejamos:
Ambos prezam suas tradições mesmo que isso signifique ser caçoado pelo resto do país pelos trajes típicos campeiros. A diferença nesse quesito é que os bávaros conseguiram impor o traje típico da região como “típico alemão” para o mundo, o que deixa o resto da alemoada fula da vida, pois ninguém mais na Alemanha, além dos bávaros, usam as tais calças de couro e vestido de Frida (o Dirndl). Os gaúchos, por sua vez nao tiveram a mesma sorte, pois ninguém conhece e preza a vestimenta gaúcha além das suas origens (também usado no Uruguai e Argentina).
Esses trajes típicos são originários do trabalho no campo usados por agricultores e pecuaristas e podem ser vestidos como traje de gala em ocasiões especiais, tanto na Bavária como no Rio Grande do Sul.
Prato principal é a carne. Oba, me sentindo em casa! Porém, a carne consumida na Bavária é a de porco que, apesar de ser muito boa, não se equipara a uma picanha.
Tem um orgulho inexplicável em ser sulista, cultivar as tradições, suas danças e costumes. Por vezes o orgulho é tanto que chega a ser antipático aos olhos dos compatriotas.
Por fim o mes auge das comemorações tradicionalistas é setembro, no meu amado Rio Grande do Sul com a semana Farroupilha e em Bayern com a Oktoberfest, que, na verdade, começa em setembro e acaba em outubro.
Então tá gauchada, um „Prost“ para as façanhas sulistas!
Larissa d’Avila da Costa, Gilching setembro 2015